O futebol também é de mulher, viu!
- Raffa Carolina
- 19 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Esperamos que cada vez mais mulheres reconheçam que ser jogadora também pode ser uma profissão

Foto: Copa do Mundo de 2019/ Reuters
Olha o futebol feminino é poderoso, capaz de mudar destinos e fazer com que milhares de garotas protestem pelo motivo de poderem fazer o que querem e serem, no mínimo respeitadas e reconhecidas profissionalmente.
Hoje em dia, dos 52 times que participam das séries A1 e A2, apenas 20- ou seja, menos da metade das equipes- são consideradas profissionais. E o que mais entristece é que a maioria das atletas ainda enfrenta a dura realidade de ganhar um salário mínimo ou apenas uma ajuda de custo.
Mas, vendo todas as dificuldades destas atletas, que persistem em ainda jogar e dar a raça, para que assim consiga dar uma vida melhor para a família, que muitas vezes enxerga apenas como uma brincadeira por parte daquela menina, que pretende um dia ser reconhecida e respeitada. Ou, as vezes enfrenta o preconceito de ser chamada de menina macho por boa parte das pessoas na rua onde mora e joga com os meninos e na escola que frequenta.
Quantas jogadoras hoje não tiveram que jogar com os meninos na rua porque não tinham espaço e nem quantidade de meninas dispostas a jogar com ela? A maioria delas vai contar que isto ocorreu com ela.
Ainda bem que o número de meninas interessadas em jogar aumentou, para que assim mais meninas possam quebrar as barreiras que existe ainda.
Esperamos que cada vez mais as jogadoras de futebol parem de ser chamadas de meninas, que é algo que elas não são! Porque tem que amadurecer muito cedo para já reconhecer que enfrenta diversos preconceitos.
Esperamos que cada vez mais as pessoas possam reconhecer que o futebol é de todos- até quando teremos que falar sobre isso- porque ainda, infelizmente, tem gente que quer continuar com a fala de que futebol é para homem (Chega!)
A Copa do Mundo de 2019 serviu para mudar muita coisa e reconhecer que as mulheres também jogam e jogam bem, viu!
E deixamos aqui uma lição de casa: Se você sabe que aquela menina da sua rua quer ser jogadora, incentive-a, se não consegue com uma chuteira ou camisa de time, pode ser com palavras, isso vai ajudar muito. Para que assim essas futuras jogadoras possam ter mais respeito e enfrentar uma realidade um pouco menos dura.E, agradecendo às jogadoras do passado que conseguiram abrir os caminhos para as novas gerações.
Não precisamos de novas Martas, Formigas e Cristianes e, sim de novas jogadoras de futebol, que saibam que devem sim exigir respeito e mais reconhecimento por parte dos clubes de futebol, federações e confederações, que muitas vezes não dão o devido tratamento para a modalidade.
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