OPINIÃO: O PALMEIRAS NÃO ENTENDEU O FUTEBOL FEMININO AINDA.
- ADM
- 25 de jul. de 2019
- 3 min de leitura
Depois de demitir a treinadora Ana Lúcia Gonçalves, que fez uma campanha impecável no Campeonato Brasileiro Feminino A2, nos questionamos se o que fazem é algo realmente sério ou se é porque os obrigam.

Reprodução: Fábio Menotti/ Ag. Palmeiras/ Divulgação/ ESPNW- https://www.google.com/amp/s/www.espn.com.br/espnw/artigo/_/id/5867067/palmeiras-demite-tecnica-que-ganhou-todos-os-jogos-do-brasileiro-feminino%3fplatform=amp. Acesso em: 23 de Junho de 2019.
Nesta terça-feira (23), fomos surpreendidos com a notícia da demissão da técnica do time feminino do Palmeiras, Ana Lúcia Gonçalves, que fez uma campanha impecável no comando do Palmeiras: além de classificar o time para a Elite do Futebol Feminino Nacional, no Campeonato Brasileiro A1, com 100% de aproveitamento( 9 jogos e 9 vitórias- com 40 gols marcados e apenas 1 sofrido), e a classificação para a segunda fase do Campeonato Paulista Feminino. Mas, o porquê desta demissão, assim tão repentina? Com apenas 5 meses a frente do time alviverde? De acordo com a nota oficial publicada nas redes sociais do clube, foi uma “readequação na filosofia de trabalho do departamento”, mas não passa de mais um caso de machismo embutido e, também que Ana Lúcia deveria estar lutando por melhores condições para as atletas que agora fazem parte do clube alviverde. Porque esta não é a primeira vez que mulheres em comando de grandes clubes ou seleções, tenham de ficar quietas e realizarem o trabalho, porque homens incompetentes na Diretoria, façam apenas a sua “obrigação” em colocar mulheres na comissão técnica. Ana Lúcia não só mostrou coragem e, também competência, que conseguiu fazer uma campanha justa e impecável à frente do Palmeiras, sendo que o time foi formado este ano, na verdade, foi comprado este ano, para atender às exigências da Conmebol, que seguiu as ordens da FIFA, que para disputar as competições nacionais e internacionais, deveria ter um time feminino. Esta norma, foi aprovada no ano de 2016, mas o Palmeiras deixou para a última hora e, para não ter muito trabalho, compraram um time inteiro, e fazem com que as jogadoras treinem separadas dos jogadores, o centro de treinamento fica em Vinhedo, e os jogos também estão sendo mandados para este local. O que se percebe é que pouco se importam com estas jogadoras e também em promover o time feminino, um episódio recente é no Campeonato Paulista Feminino: tanto no masculino e no feminino, teria o clássico rei (Palmeiras e São Paulo), ambos com mando do Palmeiras, mas de vez, encontrarem uma maneira que faça com que os torcedores saibam que tem um time feminino mandaram o jogo no Estádio do Flamengo de Guarulhos, um campo com péssimas condições, enquanto que o masculino jogava no Allianz Parque, em ótimas condições. Agora, teremos os jogos de ida e volta das semifinais do Campeonato Brasileiro Feminino A2, e o Palmeiras vai enfrentar o São Paulo, de vez mandar o jogo em algum estádio mais popular e com fácil acesso aos torcedores, vão mandar o jogo de volta, que vai ocorrer no Domingo, dia 04 de Agosto em Vinhedo. Desta forma, percebemos que realmente o Palmeiras não entendeu a modalidade e, não faz questão de entender e, nem colaborar para que haja a promoção do futebol feminino. Só fizeram por questão de obrigação e, para continuarem a disputa no futebol masculino. Enfim, enquanto houverem clubes como o Palmeiras não teremos um crescimento na modalidade e, nem investimento. Pois, é muito fácil comprar um time inteiro para se adequar a uma norma, mas o que os clubes não querem fazer é investir, o que leva tempo e dinheiro.
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