O COMANDO É DELAS!

Das seleções que estão nas Quartas de Final da Copa do Mundo, 5 são comandadas por mulheres.

O que chama a atenção neste Mundial é como estamos cada vez mais bem representadas por mulheres que comandam as seleções femininas. No começo do Mundial, dos 24 times que disputavam a fase de grupos, apenas 9 possuíam mulheres no comando. Agora, que chegamos nas Quartas de Final da Copa, passamos a ter menos representantes, 5 no total, mas já são maioria.

E isso é considerado um avanço para os órgãos internacionais relacionados a Modalidade, pois sempre nos foi considerado normal ver um homem comandar um time, não importando o gênero.

A FIFA, responsável pelo Futebol Mundial, olha atentamente para este bom destaque e projeta melhorias para as mulheres que querem ser treinadoras: pretende dobrar o número de certificados digitais para aquelas que procuram se especializar na área através de cursos digitais. E, para esta edição da Copa, a entidade obrigou a todas as equipes terem mulheres na comussão técnica.

De acordo com estudos feitos pela Fare Football, em países como França, Inglaterra, Espanha e Holanda, contam com apenas 2% das profissionais para qualificação de treinadora de futebol.

CONHEÇA UM POUCO MAIS O PERFIL DE ALGUMAS DELAS:

CORINNE DIACRE, FRANÇA.

Reprodução: DW ( https://www.dw.com/en/womens-world-cup-corinne-diacre-wants-france-focused-not-emotional/a-49168439). Acesso em: 30 de Junho de 2019.

Uma das mulheres mais emblemáticas desta Copa. treina as anfitriãs desta edição com determinação e mostra que as meninas vem se preparando muito bem. Muito discreta e objetiva, muitas vezes mostra para todos um excelente modelo de jogo e o bom relacionamento com as atletas: não precisa se comunicar com diversas palavras para se entender o que quer para o time em campo. E ela é pioneira: é conhecida por ser uma das primeiras mulheres a comandar um time masculino, o Clermont Foot, da segunda divisão por três temporadas.

Sobre a carreira na seleção francesa: foi zagueira de 1993 a 2005, com 121 jogos e 14 gols.

Desde que assumiu a Seleção exigiu grandes mudanças, impondo mais profissionalismo por parte da Federação. Além de ter a confiança das atletas, é considerada uma das responsáveis pelo bom momento da Seleção.

JILL ELLIS, ESTADOS UNIDOS

Reprodução: PRO SOCCER USA ( https://www.prosoccerusa.com/us-soccer/womens-world-cup/jill-ellis-january-camp/) Acesso em: 30 de Junho de 2019.

A Britânica que mudou para os Estados em 1980 e já ganhou uma Copa do Mundo em 2015 com a seleção estadunidense. Sua trajetória como técnica no cenário universitário. Trabalhou nas divisões de base da US Soccer, virando assistente do time principal em 2008, e assumiu o time em 2014, e em 5 temporadas está sendo bem vitoriosa com esta seleção com grandes jogadoras. Além da função de treinadora, também é diretora de desenvolvimento nacional na Federação do país.

MILENA BERTOLINI, ITÁLIA

Reprodução: GAZZETTA DI REGGIO (https://gazzettadireggio.gelocal.it/sport/articoli/2019/06/16/news/il-ct-milena-bertolini-e-una-vita-trascorsa-a-scardinare-pregiudizi-1.34070420?refresh_ce)

Assim como Corinne, foi zagueira da Seleção Italiana nos tempos de jogadora. Milena vem ganhando o carinho da torcida da Azurra (como é conhecida a seleção italiana), é o motivo é claro: depois de 20 anos, a seleção conseguiu se classificar para a Copa e além disso, está nas quartas , sendo uma das surpresas desta Competição. Como zagueira, não teve a oportunidade de disputar uma Copa em sua carreira. E como treinadora, antes de assumir esta grande responsabilidade foi assistente e depois treinadora da Liga Italiana.

MARINA VOSS- TECKLENBURG, ALEMANHA.

Reprodução: Das Erste Mediathek - DasErste.de (http://mediathek.daserste.de/FIFA-Frauen-WM-2019/Voss-Tecklenburg-nach-Chile-Sieg-zufried/Video?bcastId=62245136&documentId=63459048). Acesso em: 30 de Junho de 2019

Ela assumiu a seleção em 2016 e o time não passava por uma boa fase: apesar do ouro olímpico, sofreu diversas derrotas, e com diversas trocas de comando. Foi meio-campista na seleção entre 1984 e 2000, atuando em 3 Copas, jogando 125 jogos e marcando 27 gols. Após a aposentadoria dos campos, foi professora de educação física e editora de uma revista voltada para o Futebol Feminino, mas a partir de 2008, resolveu mudar de ares e começou a treinar pelo FCR 2001 Duisburg. É uma das responsáveis pelo bom futebol apresentado pela seleção atualmente, com 4 jogos e 4 vitórias.

SARINA WIEGMAN, HOLANDA

Reprodução: UEFA.COM (https://www.uefa.com/womenseuro/photos/photoid=2491267.html). Acesso em: 30 de Junho de 2019

Assim como a maioria das treinadoras foi atleta a atuou pela seleção holandesa entre 1987 e 2001, atuando muitos anos na Liga dos Estados Unidos, retornando para o seu país para desenvolver trabalho de treinadora. Em 2014, foi chamada para ser assistente técnica da Seleção Holandesa, onde permaneceu até 2017.

Assumindo a seleção 6 meses antes da Eurocopa, conseguiu o maior feito pela Seleção, que foi disputada em casa. Além de ser eleita a treinadora do ano.

Isso mostra que nós mulheres estamos bem mais capacitadas para assumir cargos de grande capacidade e, apresentar um bom resultado. E que sim, podemos exercer qualquer função no mundo esportivo. Por isso dizemos uma coisa: o seu machismo não leva e não comprova nada, assim como utilizar treinadores medíocres para assumir seleções da modalidade, enquanto existem diversas treinadoras muito bem preparadas para a função.

Observação:

Agradecimentos a matéria do Globoesporte. Minoria no início da Copa, treinadoras dominam as quartas de final com cinco representações (https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo-feminina/noticia/minoria-no-inicio-da-copa-tecnicas-mulheres-tem-cinco-representantes-nas-quartas-de-final.ghtml)